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A UNIVERSIDADE ENQUANTO DIREITO HUMANO E A UNIVERSALIDADE DO INDIVÍDUO.

O conselho do Campus, na 7ª Reunião Ordinária, aprovou a Nota abaixo:

 

A palavra UNIVERSIDADE (derivada do universal, do todo) é semanticamente a mais apropriada para guardar um conjunto infinito de comportamentos que se dão na evolução do ethos social. Para a construção desse espaço democrático é fundamental compreender a dimensão humana. Com isso, se faz necessário reconhecer a dinâmica de todos os agentes envolvidos, com os seus contextos, as suas historicidades e, principalmente, suas expectativas. 

Nesse sentido, o espaço universitário assume uma dimensão categórica quando se trata de um micro-espaço, definido e dialeticamente indefinido, a partir das burocracias, seus agentes públicos, enfim com seu modus operandi, mas profundamente em construção pelas complexas teias que se encerram na diversidade.

A partir do contexto acima temos duas dimensões dos direitos humanos no espaço universitário, sobretudo com o advento do iluminismo: (I) o direito à diversidade (ii) o direito a individualidade. Concretamente, ambas as expectativas recaem pela boa funcionalidade das dimensões, encapsuladas pelo utilitarismo das burocracias e das democracias representativas. Longe dos muros universitários, diversos movimentos na luta por direitos passaram a eleger suas necessidades e organizaram-se em torno de disputas fundamentalmente legítimas que lhes garantissem o mínimo de respeitabilidade. Foi assim que ocorreu a luta por moradia, por terra e pelo direito de professar seu credo. Mas nenhuma mudança foi tão significativa quanto as provocadas pelos espaços conquistados (e em conquista) por pessoas de orientação homoafetiva. 

O novo tout court é culturalmente dialético e se estabelece nas relações políticas afetivas que passo-a-passo apresentam a capacidade de naturalizar um beijo, um gesto de carinho e o amor entre pessoas do mesmo sexo. Isso exige novas contextualizações indentitárias quando a necessidade de afirmações muitas vezes pode produzir exageros, que também precisam ser evitados para a harmonização da pluralidade dos pensamentos. Tal observação permitirá o melhor cumprimento da dimensão democrática, enquanto categoria de valor e de direito humano. Permitirá avanços significativos na dimensão da universalidade em que é preciso considerar que nossa diversidade não nos torna desiguais. 

Senão hoje, quando iremos perceber que somos todos iguais? Senão nós, quem poderá iniciar essa difícil tarefa de reconhecer-se no outro e compreender que somos parte do mesmo sistema? Senão aqui, onde encontraremos espaço fecundo capaz de absorver nossas diferenças?

 Esses três movimentos nos levam a construir e dar sentido a um espaço de fato universal e democrático da tolerância, que repudia qualquer tipo de opressão, condena a marginalização de pessoas, recobra a consciência de excessos, se pauta no respeito mútuo e na dignidade. Assim, seremos todos iguais na diversidade, seremos coletivos no individual, nos enxergaremos e seremos mais e maiores! Seremos todos iguais! 

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